“a morte de thelma sayles”, de Lucille Clifton (1936-2010), tradução de Bruno M. Silva

não deixo vestígios para que os meus amores vivos
não me possam seguir. junto ao rio
a maioria volta para trás, as suas almas tremem,
mas a minha menina fica sozinha na margem
e olha. arranco o meu coração do bolso
e atiro-o. sorrio ao vê-la apanhar tudo
o que alguma vez irá apanhar e voltar para casa
e para os seus filhos. a maternidade
tornou-o forte, sussurro ao seu ouvido
por entre as folhas. 

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