“Eu olho para o mundo”, de Langston Hughes (1902-1967), trad. Bruno M. Silva

Eu olho o mundo
Pelos olhos que despertam num rosto negro – 
E é isto que eu vejo:
Este lugar estreito e vedado
Que me destinaram.

Olho depois os muros absurdos
Pelos olhos negros num rosto negro – 
E é isto que eu sei:
Que estes muros que a opressão constrói
Terão que ir!

Olho para o meu próprio corpo
Com olhos já não cegos – 
E vejo que as minhas mãos podem construir
O mundo que existe na minha cabeça.
Apressemo-nos então a encontrar, camaradas,
O caminho por achar.

Deixe uma Resposta

Preencha os seus detalhes abaixo ou clique num ícone para iniciar sessão:

Logótipo da WordPress.com

Está a comentar usando a sua conta WordPress.com Terminar Sessão /  Alterar )

Imagem do Twitter

Está a comentar usando a sua conta Twitter Terminar Sessão /  Alterar )

Facebook photo

Está a comentar usando a sua conta Facebook Terminar Sessão /  Alterar )

Connecting to %s