“Mantendo as coisas inteiras”, de Mark Strand (1934-2014) trad. Bruno M. Silva

Num campo
eu sou a ausência
de campo.
É sempre
este o caso.
Onde quer que vá
sou aquilo que falta.

Quando caminho
aparto o ar
e o ar move-se
sempre
de forma a preencher o espaço
onde o meu corpo esteve.

Todos temos motivos
para nos movermos.
Eu avanço
para manter as coisas inteiras
Advertisement

Deixe uma Resposta

Preencha os seus detalhes abaixo ou clique num ícone para iniciar sessão:

Logótipo da WordPress.com

Está a comentar usando a sua conta WordPress.com Terminar Sessão /  Alterar )

Facebook photo

Está a comentar usando a sua conta Facebook Terminar Sessão /  Alterar )

Connecting to %s