Ele cavalgou sozinho toda a noite, assustado, impiedosamente esporeando
as costelas do seu cavalo. Eles estarão à sua espera, foi-lhe dito, que viesse sem falta;
havia grande urgência. Quando chegou de madrugada,
ninguém o esperava, ninguém lá estava. Ele procurou.
Casas desoladas, trancadas. Dormiam.
Ele ouviu, perto, o seu cavalo, ofegando –
espuma na sua boca, feridas nas costelas e as costas laceradas.
Ele abraçou-se ao pescoço do cavalo e chorou.
Os olhos do cavalo, grandes, negros, moribundos,
eram duas torres, as suas, distantes, numa paisagem onde chovia.