Eu torno-me cada vez mais dócil, e tu sempre misterioso e novo, mas teu amor, meu severo amigo, é uma prova de ferro e fogo. Proíbes-me de cantar, sorrir, e há muito de rezar, desde que não me aparte de ti, todo o resto me é igual! Assim, alheia à terra e ao céu, já não canto, apenas vivo. Minha alma livre arrancaste do inferno e do paraíso. [1917] (in Só o Sangue Cheira a Sangue, ed. Assírio & Alvim)