“Eu vi o teu rosto incendiado”, de Stephen Crane (1871-1900), tradução de Bruno M. Silva

Eu vi o teu rosto incendiado
Pelo amor que me tinhas,
Os teus braços enlouquecerem,
Os teus lábios tremerem e murmurarem e em delírio.
E – certamente –
Isto bastaria para fazer um homem feliz.
Agora já não me amas, é certo,
Mas amaste-me outrora,
E ao amares-me uma vez
Deste-me um eterno privilégio,
Pois posso sempre pensar em ti.

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