O navio morto que sobe a corrente de que velho porto era o adolescente? Cingiam-lhe a boca água e nevoeiro? Tinha muita, pouca falta de dinheiro? Bom barco, subido aos da mor igualha, tens o ombro ferido até à fornalha E puxado a cabos — este rei de oceanos! — por ginasticados loiros namorados a diesel e canos Foi-lhe a estrela má. — E se recomeça? — Vamos daqui já enterrá-lo depressa. Vai morto. Não sonha. Não grita. Não soa. Saiu-lhe a peçonha pelo buraco da proa [in Uma Grande Razão os poemas maiores, 2007, Assírio & Alvim]